Imagem por: polarimpress
Entre as cordas que cerram meu corpo, restringindo movimentos;
Entre as correntes que passam pela minha pele, gelando-me a espinha;
Encoleirada, ajoelhada diante de Ti.
Em devoção e servidão encontro-me;
Sem saída, sem alternativas a não ser pertencer;
O contrato permanente cerrado;
As palavras ditas, as promessas de eternidade.
Sob a guia do Mestre, severa e certeira;
Entre castigos para falhas e recompensa para acertos;
Ser moldada apenas para satisfazer desejos dEle,
o Senhor sob a guarda que me encontro.
Sim, carrego sua marca fixa, imóvel, a tatuagem em meu corpo;
Em metade das minhas costas tenho o Senhor cravado em mim;
E digo, a carrego com orgulho, pois sei que me faz cada vez melhor;
Cada vez mais cativa e submissa;
Sou cada vez mais kajira.
E foi justamente entre essas cordas, correntes, sob essa tutela, essa guia, sob esse Domínio;
Foi justamente moldada, amarrada, encoleirada que me descobri mulher;
Que me descobri livre.
Askatasuna, minha kajira.
ResponderExcluirAskatasuna, minha mulher.
Maite zaitut.