2 de abril de 2012

Primeiro encontro

Em 20 de Agosto ocorreu nosso primeiro encontro, e, ao vê-lo, e perceber a maneira com que Ele lançou um olhar tão possessivo sobre mim, sabia, naquele exato momento, que eu era dEle para sempre.

Ao contrário do que muitos podem pensar ao ler esse texto, eu nunca havia tido nada com o Dono, absolutamente nada além deuma profunda  amizade antes do dia supracitado. Apesar de tê-lo conhecido há 12 anos atrás, e termos perdido contato há 6 anos antes de nosso reencontro. Percalços e impecilhos na vida sempre impediram nossa união no passado, embora sempre houvesse vontade de ambos de estarmos juntos.

O Dono sempre foi um homem que chamou minha atenção, não só por achar seus traços longuilíneos interessantes, mas também por sua personalidade. Ele sempre me tratou com muito respeito e demonstrava carinho, mas era um jeito de me tratar com propriedade, que me dava dificuldades de dizer não a qualquer coisa que Ele me pedisse. Além disso, eu sempre me sentia extremamente tímida ao lado dEle, desde a adolescência.

Perdemos contato em 2005, e embora eu sempre O procurasse na internet, eu não conseguia achá-lO, talvez por também ter pedirdo contato com praticamente todas as pessoas em comum que tinhamos na época. Ele também sempre me procurou, querendo saber de mim, no entanto,  não sabia meus sobrenomes, e durante muito tempo eu usava apelidos diversos, até em redes sociais, nunca o meu nome verdadeiro, além das fotos de avatar quase nunca serem fotos pessoais, ou eram fotos minhas distorcidas.

Enfim, em 2011, resolvi adicionar todo mundo que eu conhecia no passado ou presente, pelo facebook, e eis que Ele me aparece como sugestão de amigo para ser adicionado. Não titubiei, foi instintivo, na mesma hora cliquei em “adicionar ao amigos”. Em 15 dias nos encontramos, e Ele me olhou desse jeito...

Olhar que me deixou tímida, desconcertada, pois tinha medo que ele percebesse do quanto eu queria me entregar, da vontade que eu tinha de me jogar de joelhos a seus pés e pedir a ele que me deixasse ficar ali, adorando-o. Vontade que surgiu espontâneamente; e meu coração disparou. Batia tão forte que eu achava que iria sair pela boca.

Ele me deu a primeira noite de felicidade plena que eu tive. Dormi na casa dEle, e não aconteceu nada entre nós além de troca de beijos nos lábios e abraços fortes. Pela primeira vez eu me senti preenchida. Como sofro de insônia pesada, e não estava na minha bolsa os meus remédios para adormecer, eu fiquei do lado dEle, acordada, quieta,ouvindo sua respiração, sentindo o pulsar de seu coração, e as vezes passando meus dedos entres os fios de cabelo dele, um tom escuro como a noite.

Acordamos tarde e fomos direto almoçar, e passamos um dia incrível. Um dia que na época eu estava desejando que não chegasse ao fim nunca, afinal eu estava do lado da pessoa certa, daquele que foi feito para me pertencer. Eu queria ouvir tanto da boca dEle as palavras de que Ele me queria, queria tanto que Ele me dissesse que eu era dEle, que Ele se sentia da mesma forma que eu; e Ele não proferia nada, entre nossas conversas, entre nossos beijos, e entre o andarmos de mãos dadas...

Ou talvez eu não tivesse percebido os sinais, devido ao grau de ansiedade em que me enontrava...

Foi então que chegou a noite, tarde da noite, e eu estava pensando em voltar para minha casa depois do primeiro final de semana mais fantástico e feliz que eu já havia tido. E nesse momento minha ansiedade tomou conta de mim e eu perdi o controle, porque eu não queria que acabasse, não queria que fosse só um fim de semana, ou dias esporádicos, ou encontros casuais, eu queria exclusividade, pois pra mim naquele momento, Ele já era único. E, tomada por um sentimento que era uma mistura de afobação com medo e desespero, eu perguntei o que Ele exatamente queria, se Ele queria ter algo mais sério, se Ele queria ter algo descompromissado, ou se havia acabado. E Ele, ao invés de me responder, devolveu a pergunta. Eu disse que quando estava com alguém, estava com aquele alguém e somente isso, e queria estar só com Ele e mais ninguém, apesar de que o que eu realmente queria dizer era simples e bastante sucinto: “Eu quero ser sua.”. Ele disse que as intenções dEle para comigo desde o início eram de um relacionamento sério, e eu terminei dizendo que eu sabia da natureza de Dominador dEle, e que eu não queria apenas um namorado, que eu queria um Dono, que eu queria pertencer a Ele, pois Ele era a pessoa certa, meu Mestre, meu Senhor, meu Soberano. Ele se mostrou surpreso inicialmente, então eu revelei que já sabia desde a época que convivíamos que Ele tinha essa natureza dominadora, e que eu sempre fora uma mulher submissa, apenas não tinha encontrado a pessoa certa a quem me entregar.

Uma submissa, uma curiosa do BDSM. E foi assim que eu entrei no meio, já com um Dono perfeito, que sabe me fazer feliz, que me completa, e para quem eu entreguei minha adoração, minha  vida, minha alma!

Um comentário:

  1. É muito bom saber que uma mulher e um homem são sérios no seu compromisso firmado e vencem barreiras para ficar juntos. Essa relação tem que ser valorizada acima de todos os obstáculos.

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